Rua da cidade do Porto Identidade ou o movimento nacionalista O conflito entre várias regiões que disputam a criação de determinada iguaria ou prato, é comum. Esses pratos têm, por norma, um significado étnico ou simbólico, e representam aspirações territoriais e matéria prima local, que podem ser ou não exclusivas de uma só região. Liora Gvion , antropóloga e investigadora no Kibbutzim College , em Tel Aviv estabelece uma clara interconexão entre o discurso político e culinário, e ensina que os alimentos tradicionais estão igualmente ligados ao acesso às terras, à sua propriedade privada assim como à identidade nacional. Para Michaela D.S , investigadora na Universidade de Princeton , (que também escreveu uma dissertação sobre a política e a moralidade ética em torno do foie-gras, em França e nos Estados Unidos, cuja leitura recomendo) e o nacionalismo usa alimentos para promover um senso de identidade nacional e afeta a maneira como os membros da comunidade se desenvolve
Sendo este um texto que de unânime tem muito pouco e, não sendo eu o dono da verdade absoluta, a par de todas as referências que poderão consultar na bibliografia, solicitei o apoio do chefe Nuno Diniz na revisão deste artigo. Além de ter sido o moderador da minha primeira apresentação pública (2009) no saudoso Peixe em Lisboa, sempre o admirei como profissional e cronista. Foi , é, e continua a ser um relevante influenciador de várias gerações de cozinheiros (não confundir com o termo barato de influencer ) e um profundo conhecedor da gastronomia portuguesa. Produção de enchidos em Vinhais A etimologia da palavra alheira (Alho + sufixo eira) Suspeita-se que deriva da designação que encontramos também nas ervas alheiras : Alliaria petiolata, Allium victorialis, Allium vinale ou Allium sphoerocephalon . Já desde o antigo Egipto que eram atribuídos valores bactericidas, vitamínicos e calóricos a estas plantas. Em Portugal, estas ervas, foram introduzidas pelos Romanos.